Pages

3 de maio de 2012



Verdade, sou muito realista. Sou aquela pessoa que você acharia a maior chata agourenta do universo, se eu falasse tudo que penso sobre tudo. Por sorte, eu reprimo muita coisa. Muita coisa mesmo. Não falo tudo o que penso, mas sou impulsiva. Sou aquela típica - ou peculiar - garota que assiste a um romance num dia frio, enrolada num edredom, bebendo Nescau e revirando os olhos para as obviedades de cada cena. Como o típico final feliz que todo romance tem. Acho que por isso gosto tanto dos livros do Nicholas Sparks, e de todos os filmes inspirados neles. Não choro na frente de ninguém, então fico uma cachoeira por dentro. Sou sim, meio trágica, muito estranha. Realista demais mesmo. Não gosto de encenações, ou de ilusões. Adoro romances medievais, e acho uma merda quando fazem orelha no livro que me pediram emprestado. Sou muito neurótica com tudo o que é meu, não só livros. Enquanto eu não conversar com aquela pessoa metida, ela vai continuar sendo metida pra mim. É julgar pela capa mesmo, sabe, mas não me esquartejem. Mas se serve de consolo, o bom de ser realista é que você não acrescenta muito, e nem tira. Vê como seu senso te mostra. Pode ver errado, ou certo, mas não afaga o ego de ninguém, ou piora a realidade. Por exemplo, eu vejo as pessoas como elas são. É relativo, mas sem separar certinho, eu vejo assim: Uns pensam muito, outros têm preguiça de pensar, são hipócritas, mentirosas, confusas, olhos brilhando, ansiedade, um turbilhão de sentimentos, medrosas, engraçadas, querem ser amadas, querem amar, acham o amor a coisa mais linda. Enfim. Isso é o que eu vejo. E sabe? Nem gosto de ser realista, porque é tipo ver tudo como é, sem surpresa, sem “uau” no final. Nessas horas acho até bom enxergar errado, acho até bom quando percebo que havia mais, ou ainda menos do que eu achava. Gosto de viver o hoje mesmo estando 'sei lá', e me surpreender amanhã quando tudo melhorar. É mais ou menos isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário